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Posts de Guerreiro

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Waldir Barbosa Jr.

Fomos bem


Em mais de oito meses de jogos de nosso Fluminense, desde o confronto contra o Palmeiras, quando nos sagramos campeões, tetra campeões, diga-se de feliz passagem, eu não via um Fluminense tão compacto, tão bem distribuído em campo, tão aguerrido, tão tranquilo, tão... FLUMINENSE!

O time todo foi bem, a defesa pareceu ter afinal se encontrado, verdade que  sofremos só um ataque inspirado ou organizado, a equipe da Ponte tem fragilidades, alguns razoáveis jogadores, como Alemão e William..., mas lembro de que há pouquíssimo tempo, contra times muito mais frágeis, estivemos de nosso lado sofríveis, errando passes fáceis, com o meio de campo inoperante, a defesa uma peneira, os laterais - a exceção de raros lampejos dignos de convocação à Amarelinha do Carlinhos -, errando dez em nove cruzamentos, o ataque vítima de uma madorra irritante e estéril.

Cavalieri fez uma defesa de cinema, em que chega em câmera lenta numa bola que me pareceu impossível até o último instante, quando a colocou para escanteio; Gum e Euzébio aparentam ter feito as pazes, perfeitos nos revezamentos e nas sobras; Carlinhos, se não estava inspiradíssimo, foi convincente na marcação e perigoso nas subidas ao ataque, ainda que de certa forma lento na arrancada final em direção ao gol; Edinho esteve irreconhecível, por quê? Porque esteve seguro nos passes, preciso na cobertura à defesa, coisa que há muito tempo eu não via; Wagner e Jean não comprometeram, quando voltarem a praticar o futebol que os destacaram em 2012 voltaremos a ter um meio de campo 100% respeitável; Felipe, apesar de lento a maior parte do jogo, tem um toque de bola refinado, que pode eventualmente encontrar Fred ou Sóbis próximos do gol; Sóbis, aliás, continua movimentando-se de forma inteligente e incansável durante todo o jogo, parece que não sentiu a mudança de técnico, até porque taticamente continua desempenhando a mesma função de meia atacante com obstinação e desenvoltura desejadas, o senão fica com conta de nosso atacante-mor, o Fred, que até tem tentado, mas parece que os acontecimentos provocados por ele próprio não se dispersaram ainda, há que se treinar mais, há que se concentrar mais, há que se voltar ao planeta Fluminense, à nossa realidade, que até está menos feia.

O destaque, para esse modesto escriba, tem um nome que me parece perfeito para o desfecho de meu texto: Igor Julião. Se o nome é um tanto estranho aos nossos ouvidos acostumados a Brunos, Wellingtons e Cia., traz, respondendo ao nome composto, um menino aguerrido, talentoso e com muita vontade de fazer carreira, redefinindo a atual posição de titular na lateral direita; que disposição, que raça, que obstinação, aliada a um talento nato para ir para cima da defesa adversária e ousar o drible, que precisão em cruzar, claro que ainda é cedo para vaticinar seleção ou coisas do gênero, mas que o menino tem talento, ah, isso tem!

Luxemburgo já começa a mostrar um estilo, gostei da falta do terno Armani, o agasalho do Tricolor o vestiu muito melhor, o esquema motivacional, muito mais que qualquer acrobacia tática, é digno de destaque, deixar na suplência Rhayner foi outra bola dentro, o garoto é raçudo, mas encontra-se longe ainda de ter condições de vestir a camisa do Tricolor como titular (e digo isso baseado em vários jogos disputados, ao contrário de Igor, que me parece, com pouquíssimos jogos pelo Fluminense, totalmente capaz de vestir a camisa 2, em função de nossas conhecidas carências na posição desde a saída de Mariano – que tantas vezes vi ser impiedosamente criticado -).

Que poderíamos ter vencido, sim, poderíamos, acho até que Luxemburgo poderia ter colocado Samuel mais cedo, renovando os ânimos, mas, considerando que jogamos fora, que afinal consolidamos mais um patamar de reestruturação emocional do time, acho que foi de bom tamanho, mas lógico que quero mais, todos queremos, e vamos ter mais, basta agora dar mais tempo ao “profexô” para rearrumar a casa, parece que os jogadores queriam um novo síndico no prédio.

Saudações tetraTricolores.

04/08/2013                                                                                                          Waldir Barbosa Jr

O Merecido (?) descanso dos guerreiros

Já fazemos jus a algum descanso?


Bom dia a todos e saudações Tricolores. Recentemente, após o empate contra o Huachipato jogando em casa, em que bombardeamos o adversário mas não conseguimos converter a artilharia em gols, os ânimos parecem afinal calmos e diante disso decidiu a diretoria, junto com a comissão técnica, dar um merecido descanso aos nossos guerreiros Tricolores, com um belo fim de semana no aconchego dos lares (será?), afinal a vida anda dura, os salários de janeiro foram pagos e há que se torrar uma graninha em compras e "otras cositas más", até por que nosso próximo compromisso na Libertadores é daqui há exatos 27 dias, ganhamos com o time B a Taça Guabanarina (merecidamente vencida pelo Botafogo) e estamos na liderança de nossa chave com um folgado saldo de gols (-2).

Stress todos vivemos, seja em nossos locais de trabalho, seja no supermercado fazendo as compras do mês, seja no trânsito, seja na vida. O que nos deixa um tanto intrigados é a agenda de trabalho de nossos guerreiros quase funcionários públicos: 2ª, 4ª e 5ª o treino começa às 16 h. Terça em tempo integral e 6ª e sábado somente pela manhã! Ora, caros amigos, não vamos nos estender aqui dissecando os benefícios do exercício físico, isso já foi extenuamente defendido pelos cientistas do início do século passado, quando praticá-los para muitos era ir firme no caminho da desintegração do corpo, o que desde então caiu por terra, adotando-se em seu lugar o tão famoso dito popular "Mens sana in corpore sano". 

O que causa indignação é que dentro do planejamento do nosso Tricolor a prioridade do ano é a Libertadores, e tendo esta como obsessão, como bem disse nosso capitão e artilheiro, o Fred - o que deixo claro, não vejo como problema, mas como ponto futuro onde queremos chegar - precisamos, querido ídolo que já o considero, suar ainda mais para botar a bandeirinha no topo da montanha, fortalecer a alma e ir à luta com a faca serrilhada nos dentes, mas há que se ter cuidados para não nos machucarmos com a mesma lâmina que pode nos salvar a vida frente os inimigos.

Positivo nisso tudo é que tá provado que nosso adversário sulista também tem seus instantes de instabilidade, perdeu ontem frente ao fraquíssimo Caracas, que venceu o Huachipato em casa que venceu o mesmo adversário sulista em casa que venceu o Flu em casa, portanto, saímos da rodada de ontem ainda na liderança, e depender tão somente de nossos esforços é alentador, mas lembrem-se que a palavra esforço carrega um fardo que Abelão e sua trupe definitivamente tem que almejar e estarem preparados para carregar.

Acredito totalmente no Fluminense, acredito no poder de recuperação que a equipe demonstrou diversas vezes, mas também acredito que é preciso fechar o grupo para a conquista, ter ganho o Brasileiro com três rodadas de frente pode ter desenvolvido em alguns jogadores o vírus da soberba, algo como jogo e competição ganhos, que definitivamente nunca é o caso. Não vejo o time jogando todo o tempo ligado desde o confronto contra o Palmeiras, último jogo que ganhamos no Brasileiro do ano passado.

Vamos em frente, sempre. Acredito que podemos, basta trabalhar e querer.

Saudações tetra-tricolores.


13/03/2013                                                                                                             Waldir Barbosa Jr.





O Fluminense perde de novo para si mesmo...

Será que temos mesmo duas equipes dentro do mesmo time?


Amigos, saudações aí para todos nós Tricolores. Ontem, em partida pela quarta rodada da Libertadores, jogando em casa, no Engenhão, empatamos com o Huachipato, campeão chileno (!/?), e desperdiçamos, literalmente, pelo número de chances não convertidas - principalmente no primeiro tempo - a oportunidade de ficar em primeiro no grupo isolados, pelo critério do saldo de gols, por que o Grêmio tem um jogo a menos.

Como foi a peleja? Promissora levando em conta a primeira etapa, foram quatro oportunidades claras, nas quais em duas delas faltaram mais obstinação e um tanto de concentração, ao passo em que nas outras duas sobraram preciosismo e displicência. Nosso meio de campo até que se portou bem, Deco e Jean movimentando-se bem, ainda que os passes errados tenham sido uma constância, Nem na correria desenfreada de sempre - mas sem efetividade, à exceção de um belo passe para Jean desperdiçar -, Neves rápido e se apresentando todo o tempo, Fred dando assistência logo de início e sendo preocupação constante da defesa chilena, Carlinhos presente como poucas vezes e quase fazendo um golaço em que driblou três e chutou a gol, Bruno lá com suas limitações que sabemos, mas tentando, tentando, tentando...

No primeiro tempo o time até que esteve organizado, a limitação dos chilenos pareciam um prato cheio para uma goleada, vamos com calma, talvez um 2 a 0 estivesse de bom tamanho; em patacoada do goleiro chileno, o melhor jogador deles - para vocês terem ideia do que escrevo - proporcionou o primeiro gol, de pênalti, que Fred converteu com a frieza e categoria de sempre; o que poderia dar início a um show - tá bom, um stand-up - de nosso time resultou sempre em defesas que até pareciam mirabolantes feitas pelo goleiro, que por sinal, não é alto para a posição (1,81 m), ou puro e simples preciosismo de nosso escrete.

Fomos para o intervalo com gosto de quero mais e mais, gostinho de "Vem mais dois por aí, no mínimo!", mas que tolas esperanças nós tivemos, nós que juntos formamos uma "massa" de pouco mais de 13.000 torcedores a comparecer ao "Vazião": o segundo quadro preparava emoções que pensávamos positivas, mas qual nada, o Flu voltou a campo anestesiado, não sei se a ducha nos vestiários estava muito fria, o que ficou evidente é que o time entrou com menos pressão, ainda que Nem tenha desperdiçado chance preciosa por excesso de toque na bola - bastava após o domínio chutar por cima do goleiro - e a partir dos 20 minutos o jogo começou a ficar bom para os chilenos, mais espaços, menos preocupações com nosso ataque, enfim, começaram a gostar do jogo, como dizemos, e pouco depois de uma falta de Edinho, disparado o pior em campo, o Huachipato, com total conivência nossa, encontrou um golzinho, para eles com um inigualável sabor de vitória, que inclusive seria fato se não fosse importante intervenção de Cavalieri, que não teve culpa no gol.

Neste momento Abel se perdeu um pouco, tirou Deco, que vinha jogando de forma razoável - destaque-se duas matadas de bola de cinema -, e colocou Wágner, que não teve a felicidade de outros jogos e pouco produziu de útil. Fred ainda chutou cara a cara a gol em primoroso passe de peito de Neves, algo fácil para ele, mas a bola caprichosamente bateu no goleiro e saiu em escanteio. O que realmente nos deixou intrigados foi a substituição de Bruno por Rhayner, que nada fez, a não ser embolar ainda mais o time, sem contar na genialidade de pensar em colocar Samuel no último minuto de acréscimo, será que o Abel não tem um auxiliar para avisá-lo que o jogo já estava no fim?

Perdemos para nós mesmos de novo, e de goleada moral, o time do primeiro tempo derrotou o do segundo, e o "Pato" saiu com um empate valoroso para eles, como time inferior ao nosso que é.

Agora temos um mês para reorganizar os cacos morais para o jogo contra o Grêmio, no estádio deles.

Bom trabalho para o Fluminense, chega de depender dos humores da senhora sorte.

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Por último, só umas questiúnculas nos acréscimos para nosso Abelão:

  1. Cadê o Felipe?
  2. Marcos Junior não será melhor que o Rhayner?
  3. Edinho, até quando?

07/03/0213                                                                                                        Waldir Barbosa Junior






















  Foto: site globoesporte.com (editoria de arte)

Bom jogo, mas tá impossível defender a defesa

Fluminense perde em jogo que poderia - mas não deveria - perder


Amigos, boa noite. Tem gente que conhece de futebol muito mais que meus modestos 47 anos (não de futebol, mas de existência) espinafrando o time para nós mesmos na partida de hoje, pelas semifinais da importantíssima Taça Guanabara. Será que vi um cover do Flu hoje no Engenhão? Cara, independente de ser por este ou aquele turno do torneio regional, cuja importância para mim é muito relativa - ainda que comungue até certo ponto da rivalidade sadia que ainda existe entre os quatro grandes -, achei o jogo um partidaço, emoção do início ao fim, primeiro tempo Flu bem armado, duas oportunidades claras de gol, uma com Thiago Neves bem no começo outra mérito do goleiro em chute cara a cara de Anderson, não foi isso? Segundo tempo infelicidade na mudança de Bruno por Wellington Silva, o camarada ainda tá com o sangue contaminado pelo lado de lá, tem que ser colocado em quarentena (rss), os zagueiros, esses sim preocupam pela falta de atenção bisonha, lá no Chile foi o Euzébio, desta feita foram Gum e cia, principalmente no terceiro do Vasco, com Dedé entrando na área sozinho e chutando à queima-roupa para o gol, a propósito, nosso goleirão Cavalieri também tem falhado constantemente, no segundo a bola quicou quase na sua frente e não houve reação - teve mérito na defesa em falha de Silva -.

Mas houve pontos positivos, Neves está entrando em boa fase, ao que parece, Nem está cada vez mais incisivo, e com a direita calibrada, calando a boca dos críticos - inclusive eu - que reclamavam de sua falta de domínio e poder de chute destros. Cara, vou te dizer, sem fanatismo ou pessimismo, gostei do jogo, o Vasco tem seus méritos, o Gaúcho é cria do Abelão e leu o jogo direitinho no segundo tempo, além do mais os vascaínos este ano estão só com o Carioca - que não ganham desde 2003 - e o Brasileiro, onde, com o elenco limitado que tem, me parecem ter poucas chances, ficou evidente que o time jogou empenhado e mais do que comprometido, embora tenha jogado encolhido no primeiro tempo, mas na segunda etapa avançou o meio de campo e restringiu nossos espaços, e com Deco ainda lento e pouquíssimo inspirado, não me estranha o Vasco ter ganho, mas é só uma vitória, nada está perdido, aliás, nunca está. Vamos em frente!

Saudações Tetra-tricolores, 

02/03/2013                                                                                                             Waldir Barbosa Jr.











Nem comemora o gol de empate 

Nem tanto ao mar, nem tanto à terra

Há que haver equilíbrio, mas é possível?


Amigos, nem tanto ao mar, nem tanto à terra, dizem os sábios prodigiosos. Há torcedores de um fanatismo puro, genuíno, que contagia até os mais pessimistas, qualidade deles; há também os que chamamos às vezes de “azedos”, parecem sempre desconfiados demais do time, mas o que para mim é claro é que não adianta imaginar o Flu jogando como um Real Madri ou Barcelona, por que o Flu sempre jogará como Fluminense, não é time de grandes espetáculos ou goleadas, é quase uma marca – falo isso depois da "Máquina" – que seja assim, resultados modestos em termos quantitativos.

O que podemos exigir, e que não estava havendo, a meu modesto olhar, era comprometimento geral, faltava o Abel simplificar mantendo o que deu certo, não sei de 4-3-2-1, se 3-2-2-2-1, o que importa é o que o Flu foi valente o tempo todo, avançou um pouco o meio de campo, teve em Fred novamente uma referência, Nem jogou o tempo inteiro, e o cara perturba bastante qualquer defesa com sua correria, às vezes desenfreada; ter em Carlinhos e no Bruno contra-pesos no apoio ao ataque não tem jeito, isso não vai mudar, a defesa às vezes falha, mas alguém tem que falhar uma hora, se não o gol não sai, enfim, o Flu melhorou, a derrota de virada traz novo ânimo, mas não adianta achar que o Flu será o que não é, um time perfeito, de craques, por que nem todos os jogadores tem condições de aspirar a este posto, quem quer ver isso assista os jogaços da Champions League. Vamos em frente, sempre, com humildade e garra, o restante vem como consequência disso. 

Saudações tetra-tricolores.


28/02/2013                                                                                                             Waldir Barbosa Jr.


  Foto: Victor Ruiz / AP

O doce beijo da morte 

O dia em que nada funcionou, nem a "sorte"



Amigos, certa desolação bateu forte após a peleja de ontem, vencida de maneira justa pelo Grêmio, em confronto válido pela segunda rodada da Libertadores. Sabíamos que seria um jogo difícil, como, aliás, todos os mais recentes contra o time do sul, haja vista o empate do ano passado, pelo Brasileiro, quando, vencendo por apertados 2 a 1 cedemos o empate no fim, em jogada de falta desnecessária cometida quase dentro da área (o que levaria ao pênalti).

A crônica do jogo já foi dissecada no site Panorama Tricolor, brilhantemente pelo Rodrigo César, o Rods, mas como a questão que envolve a partida no seu “pré-jogo” me inquietou antes, durante e agora, e confirmada a sensação de que algo não está funcionando bem nesta temporada, me sinto no direito de repartir com vocês:

Fred estava em Minas entre o jogo contra o Volta Redonda e contra o Grêmio, certo?  Não atuou contra o primeiro por que foi poupado, não é isso? Ora, se foi poupado para um importante jogo, por que viajou para Minas, por que não ficou aqui, concentrado para o jogo, focado para um confronto que poderá ser decisivo em nossa pretensão de conquistar a tão almejada Taça dos campos furados, das altitudes desleais, que automaticamente nos lançará para uma partida contra um Real Madrid, um Barcelona, um Chelsea, estes timinhos de várzea que nem jogam tanto assim?

Não acredito em "brurras", mas que elas estão por aí, esperando neguinho dar mole, ah, isso tão! Quando nosso principal jogador vai a passeio a Minas desopilar a tensão pré-puta-jogo-contra-um-rival que-temos-dificuldade-em-vencer-mesmo-dentro-de-casa, deixa um amiguinho postar na internê um beijinho estranho de uma gata que pula fatalmente de sua moto e se arremessa para um despretensioso selinho, fato divulgado pouco antes do confronto, seguido de uma coletiva reunida pelo próprio protagonista, explicando o que não precisava, talvez com isso desviando o xis para o y da questão, comecei a coçar a cabeça, e minha esposa já identificou que quando tal fato acontece boa coisa não é, vem merda por aí...

Falar de conceito tático é muito bonito, e o que faltou ontem não foi mais brio, isso nossos guerreiros continuam tendo, não creio que tenha faltado sorte, com um gol contra, um tento convertido em impedimento e uma passe primoroso de Barcos para Vargas concluir a gol, talvez mais atenção do dorminhoco Fred de ontem (terá sido o cansaço da viagem? Que nada, Fred é um super-homem de quase trinta anos e além do mais está aí o Zé Roberto com seus quase quarenta sem parar um minuto, para me chamar de mentiroso) na jogada em que “achou” que estava impedido e bandeirou a si mesmo, parando a jogada por conta própria, afinou, o jogo estava fácil e pra quê fazer mais um no time sulista do sul?

O resumo triste e preocupante de ontem, que ficou claro para todos, é que para Libertadores nosso elenco é limitado, falta traquejo à maioria, não quer dizer em absoluto que não possamos adquiri-lo em mais duas ou três edições (mas a porra do objetivo não é vencer agora?), que nosso Abelão e sua trupe este ano não estão com a mesma sorte dos meio a zero do ano passado, que é preciso mais foco, mais inteligência, armar o time retraído no primeiro tempo pensando em não tomar gol é desperdiçar 45 minutos, é deixar para depois o que pode ser feito naquele exato momento, e isso nosso Abel já cansou de fazer, e sinceramente já encheu o saco!

Torço muito, penso positivo sempre, mas contra o Grêmio vimos as fragilidades da defesa expostas novamente ao limite e constatamos que Abel continua mexendo no time de forma errada, tirar o Sóbis que fazia um bom jogo e o Wellington Nem, infeliz nas conclusões mas preocupando todo o tempo a defesa do Grêmio não foi inteligente, afinal pra mudar o time às vezes não precisa substituir três peças, porém o “E agora o que eu vou dizer lá em casa?” sobre a derrota de modestos 3 a 0 - poderia ter sido uma goleada maior e ainda mais histórica - provocou na cabeça conflitada de nosso treinador um dilema do tipo: “Ser ou não ser agressivo, eis a questão...”

Outro fato que venho falando a amigos é que havemos de ter prioridades, e se o grande desafio é a Libertadores, tenhamos humildade e concentremos as forças nesta competição por agora, é bonitinho e “histórico” dizer fui mais uma vez campeão carioca, ou bater no peito e proclamar ao universo “Fui campeão da competição mais difícil do planeta, onde se joga em crateras, em everests, contra tudo e contra todos, tudo para se credenciar ao direito de disputar dois jogos que poderão catapultar ou não para o match definitivo, que nos consagrará como mais um pato sul-americano ou um time verdadeiramente de guerreiros, como foi o Corínthias ano passado - não tem jeito, ainda temos que conviver com isso, mas meu Deus, até quando? -”

Vamos em frente. Saudações Tricolores.


21/02/2013                                                                                                        Waldir Barbosa Junior

Jogo é treino

O Fluminense está desperdiçando a chance de arrumar o time?


Saudações Tricolores. Peço desculpas aos leitores, estivemos ausentes, férias sem data para terminar, mas que por imposição precisam...

Nosso Fluminense enfim contratou, contratou, mas ainda não estreou o que possivelmente será o time que disputará a Libertadores da América, seja por contusão - caso de Deco e aparentemente de Fred -, seja por desentrosamento, seja pelas escolhas um tanto atabalhoadas do querido Abel Braga, que vem demonstrando certa preguiça para montar um esquema tático convincente.

Jogar grande parte do segundo tempo com três cabeças de área (ou de bagre), sem ninguém para chamar de criador, meio de campo aos Deus dará da limitação dos três volantes me parece conservador demais, lembrando que não estamos na reta final do campeonato brasileiro, mas sim em um torneio que deveria servir para testes e treinos sérios visando o maior desafio desta temporada, algo que parece não importar muito ao nosso técnico neste momento; desafio será então conquistar um torneio que contará apenas para zoar o adversário direto no quesito quantidade de "Cariocas", ou ter a visão profissional de usar a contenda para armar o time ideal que nos trará pela primeira vez a tão sonhada conquista da América?

Não estive presente ontem, optei pelo domingão em família, não paguei para assistir pelo pay-per-view, mas vi o taipe minutos depois do fim do jogo, e a impressão que me deu é que o Fluminense estava de luto pelo trágico acontecimento em Santa Maria, mas também de luto pela ausência de Fred e de Deco, que fazem muita, mas muita falta mesmo no contexto atual, de contratações que efetivamente não fortalecem o time como deveria ser, talvez exceção em que eu aposte seja Wellington Silva, gostaria de vê-lo atuando em um clássico, quem sabe diante de seu ex-time.

Que fique claro que não teremos outra oportunidade de arrumar a equipe que não seja essa, diante de adversários de alguma expressão como Flamengo, Vasco e Botafogo, que se não vivem excelente fase, ao menos tem em sua história a tradição que por si só já pode criar dificuldades.

Por último, não farei as costumeiras críticas, acho que comungo do pensamento de que Diguinho pode ser boa gente, mas seu futebol nunca esteve à altura do tricolor, é limitado e talvez só se destaque nas peladas jogadas no Aterro, com todo o respeito ao homem, mas aqui trata-se de futebol em alto nível; Sóbis é meio porra louca, mas para mim ainda tem algum crédito, não só pela raça mas por seus ocasionais petardos em direção aos gols; Gum a está anos-luz de um Thiago Silva, mas concordo com Marcelo Vivone, colunista do Panorama Tricolor, quando diz que o zagueiro melhoraria seu futebol se tivesse ao seu lado um jogador de futebol menos bisonho que Leandro Euzébio; Carlinhos, "o burocrático", às vezes irrita com suas investidas que não resultam em nada, na maioria absoluta das vezes, mas com tudo isso, é no esquema tático que podemos fazer a diferença, e por isso repito, hoje Fred é fundamental para nossos anseios, Deco estando recuperado, ou Felipe querendo jogo, também faz parte do que penso ser nosso eixo central para o sucesso da difícil empreitada que começa dia 13 do mês que vem.

Saudações Tricolores. Rumo à Libertadores.


28/01/2013                                                                                                        Waldir Barbosa Junior















Abel, para onde?

Quem tem medo do Riquelme?

Estamos acostumados com craques de personalidade


Saudações Tricolores. Tetra-Tricolores. Voltando de um curto recesso, descanso de guerreiro, já me defronto com a mídia batendo forte, os tricolores apaixonados - e os mais serenos também - envolvidos nas discussões intermináveis sobre reforços para o nosso Tricolor das Laranjeiras, se precisamos, onde precisamos, e se precisamos, quais são os jogadores hoje disponíveis no mercado que mais se adequam à equipe capitaneada por Abel Braga, aqueles que viriam "para somar", e não para "desagregar o grupo", mantendo a família unida, como bem disse o artilheiro Fred se referindo ao time que conquistou o Carioca e o Brasileiro de 2012.

Rhainer e Wellington Silva já são fato, então vamos a uma das posições-chave em que todos clamam por reforços:

Inicialmente Conca e sua desatinada atitude de desespero de querer voltar "na marra" para o clube, desrespeitando contrato e palavra com o clube chinês, essa onda passou, nossos dirigentes tiveram o bom senso de não lutar contra moinhos de vento, e se o craque argentino tem talento inquestionável e  encaixaria à perfeição seu espírito guerreiro e vontade de atuar novamente ao lado de Fred, Gum e de alguns outros, o esforço financeiro de tê-lo, neste momento em que se tenta reorganizar financeiramente o clube - por mais que existe um patrocinador de peso viabilizando as contratações -, business são business, portanto, partamos para os planos seguintes:

Felipe - Já atuou pelo clube, é reconhecidamente problemático, adepto de regalias, se contunde com certa constância, talento indiscutível, mas o que objetivamente ele poderia nos trazer de interessante neste momento, em que precisamos de um meia de ligação talentoso, ao menos para fazer sombra ao nosso craque Deco, pontualmente, ou melhor dizendo, eventualmente atuando como substituto direto dele, fazendo o necessário revezamento na maratona que será disputar uma Libertadores almejadíssima e a conquista de um possível penta nacional?

Riquelme - Craque, sabe tudo com a pelota em seus pés, tem visão de jogo apurada, toque preciso, um líder em campo. Contras: é argentino, é argentino, é argentino, nos venceu no último confronto, sem jogar nem a metade do que sabe, mas toda vez que recebia a bola, principalmente nos jogos na Bombonera, nossos corações aceleravam, nossas mentes davam início a pensamentos sórdidos, do tipo, "Porra, por que ninguém quebra esse cara?", "Bastava um chega pra lá", mas o que em verdade sentíamos era medo, medo do cara fazer uma daquelas jogadas geniais que já assistimos várias vezes, resultando em gols argentinos. 

Já tivemos muitos craques-problema atuando, querem mais temperamentais do que Paulo César Caju, Renato Gaúcho, Romário e Edmundo, sendo que os dois últimos no mesmo período? O sérvio Petkóvic não era também o que pode ser nomeado "menino bonzinho".

Querem saber? Doval era argentino, Romerito paraguaio, Conca argentino, Rivelino era Palmeirense e Corintiano (rss), mas sempre fizeram a diferença a nosso favor quando queriam, quando vestiam a alma imortal e guerreira do Tricolor das Laranjeiras. Que venha mais um argentino - já foram mais de 20 vestindo nossa camisa -, desde que se enquadre, será muito bem recebido, não tenham medo, o cara sabe tudo de Libertadores, tem nome e futebol, basta estar bem fisicamente, missão que para nosso staff de preparadores físicos é missão cumprida.  

Não tenham medo do Riquelme - nem preconceitos -, o cara de agora em diante provavelmente estará do lado de cá.

Saudações Tetra-Tricolores. Rumo à Libertadores.


09/01/2013                                                                                                        Waldir Barbosa Junior




Um título para lavar corpo, coração e alma

Uma histórica campanha


Fez-se justiça, simplesmente a justiça dos guerreiros, que arrancam a vitória com corpo, coração e alma. Neste domingo, dia 11 de novembro de 2012, o Fluminense escreveu mais uma bela página de sua história. Em um jogo que teve a alta temperatura como grande desafio, o Tricolor das Laranjeiras postou-se de novo como um legítimo campeão, em nenhum momento desistiu, procurou o gol de forma tática, mas obstinada, mortal, precisa, e obteve uma vitória que lhe garantiu o tetra campeonato brasileiro de 2012 com folga de três rodadas.

O Palmeiras, com pequenas chances de permanecer na primeira divisão, jogou de forma agressiva, querendo jogo, e mesmo após ter sofrido dois gols - um no primeiro tempo, de Fred, outro no segundo, contra, em lance também de Fred - não se entregou, e empurrado pela torcida, conseguiu o empate por volta dos vinte minutos, mas os deuses do futebol não queriam aguardar nem mais uma rodada, e Fred, sempre ele, decidiu para o êxtase da nação Tricolor.

Todos jogaram bem, até Diguinho, que não vinha atuando de forma convincente quando entrava, tratou a bola com mais carinho e fez bons desarmes e providenciais antecipações, impedindo que o Palmeiras reagisse de novo. Verdade que nossa defesa falhou em dois lances seguidos no segundo tempo, sem contar no primeiro, onde em outras duas oportunidades, uma cabeçada de Obina e outra de Barcos, quase tomamos o gol. Em uma reação de três minutos e meio o Palmeiras empatou (gols de Barcos e Patrick Oliveira) e por pouco não virou o placar, em chute à queima-roupa de Maikon Leite, salvo por um milagre de Diego Cavalieri, e depois com Maurício Ramos, atirando de fora da área, para outra boa defesa de nosso goleiro.

Mas que os lutam acabam sendo predestinados. O jogo do Atlético já havia terminado, e durante os cinco minutos do tempo normal e dos quatro dados como acréscimo, voltamos a dominar as ações, e Fred, artilheiro absoluto da competição, agora com 19 gols, num contra-ataque fulminante recebeu passe de Jean e aos 43 minutos da etapa final concluiu para celebrar a vitória e tornar o Tricolor pela segunda vez campeão na década.

Nada mais lógico e justo, algo difícil de conciliar no futebol. Temos o melhor ataque, a melhor defesa, o melhor goleiro, o melhor atacante, a revelação, possivelmente teremos a melhor campanha em números de toda a história dos pontos corridos, negar o Fluminense como campeão legítimo e absoluto, seria como negar o sol, a lua, as estrelas. 

Parabéns Tricolores. Rumo agora à Libertadores.


12/11/2012

Waldir Barbosa Junior

Equipe

Goleiros

  • D. Cavalieri (12)
  • Kléver (33)
  • R. Berna (1)

Volantes

  • Diguinho (8)
  • Edinho (5)
  • Fábio (32)
  • Jean (25)
  • Rafinha (37)
  • Valencia (17)

Atacantes


  • Fred (9)
  • M. Junior (21)
  • M. Carvalho (35)
  • R.Sobis (23)
  • Samuel (31)
  • W. Nem (18)

Zagueiros

  • Anderson (15)
  • Digão (13)
  • Elivélton (14)
  • Gum (3)
  • L. Euzébio (4)
  • W. Carvalho (34)

Laterais

  • Bruno (2)
  • Carlinhos (6)
  • T. Carleto (22)
  • Wallace (16)

Meias

  • Deco (20)
  • Higor (30)
  • T. Neves (10)
  • Wagner (19)

Oxalá Deco jogue o que sabe

O craque luso-brasileiro faz a diferença 


A teoria de que o craque faz a diferença é antiga, talvez reporte ao passo seguinte à consolidação do futebol no Brasil, muito são os relatos em periódicos da época que falam de "Monstro no ground", "Cobra do match", "Estrela do team" e outros tantos termos que estampavam as manchetes esportivas chamando atenção para aquele jogador que fazia a diferença, que resolvia o jogo em um lance, em um único lampejo, decidindo o destino das partidas.

Nomes ou apelidos que correspondem ao termo craque nosso futebol está repleto, de tal modo que podemos encher o peito de orgulho, aproveitar o ensejo e fazer uma modesta reverência ao nosso passado, enumerando uma série quase ininterrupta de grandes nomes: Oswaldo Gomes, Mano, Fausto, Píndaro, Telê, Coutinho, Pepe, Didi, Amarildo, Jairzinho, Tostão, Gerson, Rivelino, Zico, Romário, Ronaldo Nazário, Rivaldo, Ronaldo Gaúcho, e agora uma promessa que atende por Neymar, sem falar em nomes obrigatórios em qualquer lista que se preze, como Pelé e Garrincha, que recentemente em entrevista foram igualados por Gérson, o "Canhotinha de ouro", quando afirmou ter dúvidas sobre quem foi melhor. 

O Fluminense faz neste Campeonato Brasileiro de 2012 a melhor campanha de todos os tempos, e muito disso se deve, no meu entender, a três nomes: Diego Cavalieri, Deco e Fred, acho que aí está o eixo de sustentação do Tricolor, e me parece fácil explicar por que:

  • Cavalieri é uma muralha no gol, faz disparado sua melhor campanha, fazendo defesas que beiram o impressionante, o que transmite uma confiança fundamental ao time;
  • Deco, quando está em plena condição física, o que infelizmente para nós não foi tão comum neste Campeonato, distribui o jogo de forma lúcida e serena, cadenciando o jogo de uma forma que poucos nesta competição tiveram capacidade de fazer, acionando todos os setores ofensivos da equipe, hora lançando Carlinhos, hora virando o jogo para a direita com Bruno, várias vezes encontrando Fred no meio da área, encontrando o artilheiro se não em condições privilegiadas, ao menos em condições de igualdade com o zagueiro que lhe marca, e no mano a mano, sou mais Fred, portanto, não preciso me estender além do necessário, na frente há uma referência que atende por estas quatro letras, que vem jogando de forma corajosa e decisiva, tanto nas melhores quanto nas atuações abaixo da média em termos ofensivos.   

Evidente que Deco, quando está em dia com seu futebol, faz a diferença, e tendo Jean assumido de vez seu papel de segundo pensante no meio-campo, coadjuvante de luxo do luso-brasileiro, o Fluminense se torna um time deveras enjoado, difícil mesmo de ser superado.

Logo mais teremos um confronto psicológico com nós mesmos, tenho insistido em afirmar que a partida não é contra o Coritiba, e nesse comentário não há nenhum desrespeito pelo adversário, mas penso que neste momento precisamos vencer o fantasma interior, o mesmo que de noite nos espreitava, ávido para puxar nossos pés logo depois que nossos pais nos colocavam na cama.  

Que o luso-brasileiro hoje esteja em dia "daqueles", que o time mantenha o espírito guerreiro que tem nos levado a perdoar os erros que por ventura tenham ocorrido, que enfim possamos dormir hoje o sono dos vencedores, nós precisamos e agradecemos.


25/10/2012

Waldir Barbosa Junior



O Fluminense e a avalanche midiática

Quem subvenciona esta perigosa imprensa oficialesca? 


Não sei o que me preocupa mais no momento, se a avalanche de ilações covardes de toda a imprensa dita oficial, que despeja todo o tipo de inverdades sobre o Tricolor, mais massacrante que comercial de refrigerante, insistindo de forma maldosa sobre impossíveis favorecimentos, típico de quem (dis)torce os fatos ao seu bel-prazer, ou se uma possível e esperamos momentânea queda no psicológico da equipe, que deixou empatar nos minutos finais contra o Grêmio e perdeu nos acréscimos para o Atlético, ainda que o time mineiro tenha tido ímpeto sobre-humano e Ronaldo Gaúcho em dia inspirado, bem verdade que jogando livre e passeando por todos os espaços do campo com marcação relaxada demais ao meu ver, só eventualmente apertado por Diguinho, que depois de cair sentado preferiu ficar na média distância - talvez preocupado em levar mais dribles -, mas lembremos que drible não conta como gol, apesar da plasticidade do lance; Ronaldo fez uma de suas melhores partidas depois que voltou ao Brasil, e mais humilde de nossa parte seria ter escalado alguém para sufocá-lo, quem sabe Edinho, pelo poder de marcação, fosse o mais indicado.

Thiago Neves foi apático no primeiro tempo e Deco jogou os dois tempos muito marcado e sem inspiração, não resolvendo sequer em um lance de genialidade, que sabemos ser capaz de fazer. A defesa no geral foi bem, ainda que levar três gols seja excessivo, reitero o que disse, penso que justamente a marcação frouxa e distante ao Gaúcho proporcionou ao Atlético as diversas chances de gol que teve, resultando no tal massacre, ao qual a imprensa se refere hoje nos principais veículos de mídia.

De positivo, além da garra do time, o centésimo gol de Fred, ainda não devidamente comemorado, e sua coragem em dizer o que disse, desabafo de toda a torcida que se sentiu representada por ele, ao dizer em HD, que estão falando demais.

22/10/2012

Waldir Barbosa Jr.


Sem mimimis ou chororôs

Uma análise fria sobre o jogo contra o Grêmio


Não fiquemos, caros torcedores, com mimimis ou chororôs, empatamos, talvez um gosto acre de derrota tenha ficado no canto da boca, seria hipócrita negar, mas venhamos ao encontro do bom senso: tivemos um valente adversário pela frente, cujo técnico não foi várias vezes campeão à toa, experiente e profundo conhecedor do futebol, não desmereçamos o adversário, eles tem jogadores que sabem o que fazer com a bola (citemos os mais famosos, Gilberto Silva, Zé Roberto e Elano, que fizeram boa partida), não esqueçamos, somos tricolores, estamos acima disso. Refletir é preciso, falar bobagens não é preciso. Fred não esteve em noite esplendorosa, longe disso, Deco jogou um primeiro tempo tocando de lado, o que não é característica sua, ainda mais no primeiro tempo (melhorando muito no segundo), Sóbis correu o campo todo, fez o gol da virada, sofreu a falta que causou a expulsão de Marcelo Moreno, o que em tese tornaria a nossa missão de vencer o jogo bem encaminhada, mas lembrem-se que time com dez às vezes é time com doze; Thiago Neves entrou no lugar de Wágner e se movimentou muito bem, Fred ainda perdeu um gol que qualquer indivíduo que já bateu uma bolinha sabe que naquela jogada faria a mesmíssima coisa: abriria espaço, girando sobre o corpo e mandando uma balaço, que sabemos ser Fred capaz de fazer até com certa facilidade. A segunda substituição de Abel foi totalmente em função do cansaço de Sóbis e da agressão de Marcelo Moreno, e todo mundo, 99% dos que estavam presentes no Engenhão aplaudiram a saída de Sóbis, reconhecendo a boa partida realizada, e aprovaram a entrada do garoto e já mais que promessa Marcos Junior, a ideia em tese era explorar o fato do Grêmio ter um a menos, utilizando a velocidade de Marcos pela esquerda, algo que quase todos defenderiam como lógico e sem churumelas.

Resumindo: nada foi feito de errado, jogamos o jogo, as emoções estão à flor do ar, parafraseando Carlos Drummond de Andrade em um verso que não me recordo a qual poema pertence, mas acho que é por aí, vamos em frente, não dá para ganhar sempre, jogamos uma boa partida, não conseguimos superar o adversário, que teve seus méritos, e é só. Sem mimimis ou chororôs. Somos guerreiros, seguimos de peito aberto e cabeça erguida.


18/10/2012

Waldir Barbosa Junior

                                                                                  Um debate Tricolor


Assista ao debate realizado no programa Panorama Tricolor, com participação de Renato Hahn, Marcus Vinicius Caldeira, Leo Prazeres e Paulo-Roberto Andel, com apresentação de Rodrigo César – O Rods, em que nós, Waldir e Waléria Barbosa, estivemos presentes para dar uns pitacos sobre o Tricolor e falar do projeto "Confissões de um Gigante", biografia do atleta do Fluminense e da Seleção Brasileira de futebol João Coelho Netto, o Preguinho:

Confira abaixo a participação em dois blocos, a entrevista estará no ar quinta-feira, no site do Panorama Tricolor:

http://www.panoramatricolor.com/tv-programa-panorama-tricolor-flunews-24/

O primeiro bloco:

Abaixo o segundo bloco do programa:

O terceiro e último bloco:

Matemática Tricolor

Fazendo contas:


Em confronto direto contra o segundo e terceiro colocados na tabela do Campeonato Brasileiro, Atlético Mineiro e Grêmio, fiz algumas contas em relação ao Fluminense, me corrijam se estiver viajando:

1a possibilidade:

4 vitórias e 3 empates, perdendo uma partida = 15 pontos + 68 atuais = 83 pontos

Caso o Atlético vença todos os jogos, atingirá:

24 pontos + 59 atuais = 83 pontos

Caso o Grêmio vença todos os jogos, atingirá:

24 pontos + 57 atuais = 81 pontos

FLUMINENSE CAMPEÃO (por critério de desempate)


2a possibilidade:

2 vitórias e 6 empates = 12 pontos + 68 atuais = 80 pontos

Caso o Atlético vença 7 jogos, atingirá:

21 pontos + 59 atuais = 80 pontos

Caso o Grêmio vença 7 jogos, atingirá:

21 pontos + 57 pontos = 78 pontos

FLUMINENSE CAMPEÃO (por critério de desempate)

________________________________________

3a possibilidade:

Fluminense ganhando 4 jogos seguidos:

12 pontos + 68 = 80 pontos

Caso o Atlético vença só os últimos 4 jogos – 12 pontos + 59= 71

Caso o Grêmio vença só os últimos 4 jogos – 12 pontos +57 = 69

FLUMINENSE CAMPEÃO 4 RODADAS ANTECIPADO 

Nunca dependeu tanto só de nós!!!

Força Tricolor!!!


14/10/2012

Waldir Barbosa Junior

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O Mercado da bola às vezes murcha


Assusta. Em matéria bastante ilustrativa do Esporte Espetacular (Rede Globo) apresentado hoje, as revelações do futebol infanto-juvenil já são tratadas como potenciais estrelas, com multas rescisórias na casa dos milhões de euros, em caso de transferência para o futebol do exterior. 

Fato é que o universo do futebol há muito não é mais romântico, há muito atingiu e continua mantendo cifras inimagináveis, mesmo em mercados em crise como o europeu ou mal gerenciado como o sul-americano. Para 90% dos mortais, aqueles que quando muito conseguem comprar o ingresso para os jogos, a possibilidade de ascender econômica e socialmente é realmente tentadora, e discutindo a Lei Pelé, advogados especializados em Direito esportivo expõem a falta de parâmetros nas transações realizadas dentro e fora do país; o que fica exposto, ainda que de forma subliminar, é que os principais atores desta querela, como bem disse o jogador Kaká, que participa dando sua opinião, não são devidamente respeitados nem orientados, sem direito na maior parte dos casos ao estudo digno que reza a lei, ao alternativo plano B, caso a prematura profissão não vingue. Já conversei com diversos pais para quem a "bola" está em primeiro lugar, não importando se o candidato a jogador será um cidadão interessado em política, em literatura, em cinema, em cultura geral, o que importa é o quanto supostamente eles valem, o quanto eles podem render, enquanto forem úteis como material humano.

Defendemos uma mudança na Lei Pelé, que ela modifique o artigo que trata da idade mínima para se assinar contrato, aumentando em dois anos e permitindo ao potencial jogador dedicar-se à formação intelectual em horário convencional, sem ter que recorrer ao engodo de supletivos ou coisa que o valha.

Jogando, deverão os garotos estudarem e comprovarem bons resultados, para que possam pleitear participar do milionário mercado da bola, que muitas vezes se parece com um enganador mercado de bolas murchas.

14/10/2012

Waldir Barbosa Junior


Domingo é dia de cerveja, mas fique de olho na Eleição


Caro leitor, Sábado é dia de jogaço contra o Botafogo, com vitória tricolor, assim esperamos, mas não esqueçamos que no domingo é dia de cumprir nossa parte cívica e votar no candidato que achamos vá ajudar a melhorar o quadro de injustiças e absurdos que acontecem aqui na Cidade Maravilhosa, apesar da promessa de sol, da consequente necessidade de gelar nossas gargantas com um delicioso suco de cevada, não podemos faltar a este compromisso, pense, reflita antes de exercer o que demoramos tanto a conseguir, liberdade de escolha, perfeito, nenhum deles é, nem nós se estivéssemos tentando uma cadeira na Assembléia, mas ao menos olhe o histórico daqueles que tentam se reeleger, busque informações sobre aqueles que almejam pela primeira vez, e quem sabe você estará colaborando para que tenhamos uma cidade menos injusta, por que a vida definitivamente não é. 

SE PRECISAR DIRIGIR, NÃO BEBA


05/10/2012

Waldir Barbosa Junior

Gestão desorganizada no país das Antialices


Sempre o mesmo pífio discurso, sempre a mesma trôpega desculpa, o uso do "Não sei o que aconteceu", "Como pode ter sido", "Não era para ter acontecido", é o que os dirigentes da organização que era para ser máxima no futebol tupiniquim prontamente utilizam toda vez que ocorre uma "zebra", um "pequeno deslize", um "probleminha", chega a ser nonsense demais para qualquer noção de "bonsense", algo que foge a qualquer lógica de administração previamente organizada, algo que até os mais amadores são capazes de cumprir com o mínimo de qualidade e eficiência. A entidade CBF há muito deixa a desejar, ocorrem escolhas erradas, ocorrem falhas que nem os organizadores de escolinhas de futebol de bairro cometem, uso como exemplo a escolinha de futebol onde nosso filho Hector ingressou recentemente: lá há horários, os alunos tem que apresentar comprovação de resultado escolar e não podem faltar aos treinos, por que simplesmente são advertidos e depois suspensos de participar das atividades, algo lógico, justo e simples, que não necessita de graduação em gestão ou marketing esportivo, ainda que em esferas mais elevadas o know-how diferenciado conte e muito, mas o princípio de organização é o mesmo: marca-se uma data para um evento, no caso o jogo Brasil x Argentina, cogita-se os possíveis locais para o evento, antes de defini-lo, vai-se aos locais para checar as condições físicas, tempo de deslocamento, proximidade de hotéis, etc. Pura logística! Algo que a diretoria de futebol da CBF parece desconhecer como funciona, pois julga estar acima do Bem e do Mal, espécie de Condado das Antialices, terra de ninguém, onde manda quem tem amigos e obedece quem tem medo de se fazer ouvido.

04/10/2012

Waldir Barbosa Junior

Fluminense como força e tradição


O futebol, não diferente da vida, nos apresenta surpresas e lições sobre as quais devemos nos debruçar e tentar por um minuto que seja refleti-las, e no que toca ao nosso camisa 10 de hoje, no confronto pelo Super Clássico das Américas entre Brasil e Argentina, Thiago Neves, do nosso Tricolor, é curioso como há alguns meses o jogador se manifestou de forma irônica, em um infeliz comentário, sobre quão era diferente jogar em  um "time grande como o Flamengo", isso se deu quando perguntado sobre qual seria, a seu ver, a diferença entre atuar pelo rubro-negro e pelo Tricolor das Laranjeiras.

Não se discute a instituição Flamengo, que deve ser respeitada por sua história, assim como  deve-se respeitar com a mesma intensidade o nosso Tricolor, pois se não ganhamos ainda a Libertadores e um Mundial de fato, nos moldes atuais (não discutiremos aqui o mérito da conquista de 1952), temos em nossa bagagem três títulos nacionais, uma Copa do Brasil, dois Torneios Rio-São Paulo, 31 títulos estaduais e mais tantos outros, o que nos torna um time grande, ainda que tenhamos descido aos infernos da segunda e terceira divisão, o que por sinal nos torna ainda mais fortes.

Não queremos discutir a qualidade de Thiago Neves, que vem há alguns jogos recuperando a plena forma, mais experiente sem perder a contundência em suas ações ofensivas e ainda capaz de ajudar a defesa nos momentos precisos, nem condená-lo por suas palavras interpretadas como as de um filho ingrato, alguém que pareceu esquecer por um momento que seu surgimento deu-se em terras tricolores; como afirmamos, penso ser mais significativo dizermos que o tricolor, na fase em que está, consegue tornar jogadores medianos em atletas competitivos, capazes de vestir a amarelinha sem fazer feio, caso de Wellington Nem, Carlinhos e do próprio Thiago, sem falar dos fora-de-série Fred e Diego Cavalieri, bem verdade que o segundo ainda precisa passar pelos testes de fogo, mas atualmente no Brasil nos parece que não haver dúvidas, pois em qualquer lugar que se passe, em qualquer lugar em que se discuta sobre o esporte bretão, Fred e Cavalieri são nomes incontestáveis, talvez a única pessoa que não comungue do eco popular seja Mano Menezes. 

Um dado que só reforça o que falamos, o fato do Tricolor ser o quinto maior fornecedor de jogadores para a seleção brasileira, desde sua primeira formação, em 1914, com destaque para Oswaldo Gomes, autor do primeiro gol, e para João Coelho Netto, o Preguinho, primeiro capitão e autor do primeiro gol em Copas do Mundo.

Não esqueçamos do trabalho coerente do técnico Abel Braga, de quem somos admiradores, evidente que para nós o time às vezes recua demais, a ponto de quase nos provocar uma parada cardíaca, mas no geral, a trajetória do Tricolor sobre seu comando é no mínimo diferente, as estatísticas estão estampadas nos diversos sites e outros veículos de mídia; caráter e atitude não lhe faltaram até agora, e isto, ainda que para os pragmáticos de plantão não tenha valor, sempre conta, ainda que seja no fim das contas.

03/10/2012

Waldir Barbosa Junior


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